Olá queridos irmãos. Boa noite a todos.
Para começar o assunto de hoje, vou fazer uma pergunta a todos e
gostaria de convidá-los a uma breve reflexão. No último ano, vocês lembram quantas pessoas
lhe ofenderam?
E por outro lado, lembram quantas pessoas você ofendeu?
E por outro lado, lembram quantas pessoas você ofendeu?
Provavelmente, lembraremos muito mais das ofensas que recebemos
do que das que fizemos...
Mas por que isso acontece?
Mas por que isso acontece?
Somos tão diferentes culturalmente, socialmente e moralmente
entre todos nós, que, muitas vezes, o que é uma ofensa para o outro pode não
ser para mim e vice-e-versa. Justamente por essas diferenças, muitas vezes
acabamos ofendendo pessoas sem ter nem ideia do que fizemos.
Se
quem faz o mal não tem consciência do que fez, não há arrependimento, e sem
arrependimento, também não há sofrimento para o ofensor. Quem acaba sofrendo
sozinho é o ofendido.
Mas não é sempre assim.
Existem grupos de pessoas que sentem prazer em promover a discórdia. Começam a te ofender, humilhar. Se a pessoa te conhece um pouco então, ela usa exatamente as coisas que mais te irritam para te fazer sair do eixo, causando desequilíbrio.
Existem grupos de pessoas que sentem prazer em promover a discórdia. Começam a te ofender, humilhar. Se a pessoa te conhece um pouco então, ela usa exatamente as coisas que mais te irritam para te fazer sair do eixo, causando desequilíbrio.
É só pensar como funciona a mente das pessoas que fazem o mal
por perversidade: Elas mentem sem pestanejar e com muita naturalidade, sempre
visando objetivos desse mundo. Atacam as pessoas ao redor porque se sentem
desorientadas e infelizes, por isso agridem. A agressão lhes dá uma sensação
momentânea de vitória, porque sentem que o outro está sentindo um pouco do seu
próprio sofrimento, acreditam que tem o poder de desiquilibrar o outro pelas
próprias mãos.
É como se elas nivelassem os outros em sua própria faixa
vibratória, pois não acreditam em evolução, em crescimento moral. Estão sempre
dando voltas em si mesmas. Muitas se consideram o centro do universo e acham
que tudo gira ao seu redor, que podem tudo e fazem o que quiserem com os
outros.
Vemos pessoas assim o tempo todo. Na rua, nos supermercados, no
nosso trabalho, dentro da nossa própria família. As novelas e filmes retratam
pessoas assim o tempo todo.
Por fora, é praticamente impossível reconhecê-las, pois falam
bem, se vestem bem e muitas vezes, são muito educadas e polidas. Mas quando
abrem suas bocas e expõem seus pensamentos, conseguimos identificar a
tempestade que existe em seu mundo interior: sonhos de poder, destaque,
dominação, dinheiro. O seu mundo é fundamentado no egoísmo, no ser superior que
acreditam ser. Para chegar onde querem, não medem esforços e pisam em quem for
necessário.
Infelizmente, essas pessoas são doentes graves da alma, pois
ignoram que estão no estágio primário de evolução e o quanto isso lhes faz mal.
Revidar essas pessoas é como dar a eles o alimento que precisam para continuar
com sua conduta inferior. Quanto mais você briga, mais eles se comprazem.
Quando
o ofensor não tem consciência, nem saberá da ofensa. Quando faz de propósito, ficar
ofendido só irá alimentar ainda mais a sua busca por ofender mais e mais.
Por outro lado, obviamente, quem sofreu a ofensa tem todo o
direito de querer manter distância e que se ressinta do ofensor. É totalmente
compreensível que queira se preservar de novas ofensas. E quem se sente
ofendido muitas vezes, em seu rancor e orgulho ferido, acaba decidindo por não
falar mais com aquela pessoa.
Mas
se você quer criar um vinculo muito forte com alguém basta ficar com raiva da
pessoa. Com certeza, você vai pensar nela sempre, todos os dias, a todos os
momentos.
Quando estamos com raiva, o simples fato de não querermos cruzar
com a pessoa faz com que estejamos atentos o tempo todo para ver se a pessoa
está por perto.
Se vamos a uma festa e pensamos que fulano pode estar presente, pronto.
Acaba o sossego. O tempo todo ficamos olhando para a porta, ligados e intrigados.
E se a pessoa não aparecer, ainda dizemos aos amigos - Ai,
graças a Deus tal pessoa não apareceu aqui hoje, tudo o que eu não queria era encontrar com ela. E se
o amigo não sabe da razão, fazemos questão de contar como fomos ofendidos, com
todas as letras e muita emoção, para que o amigo se sinta tão ofendido quanto ficamos
com o acontecido.
Preservar
um ressentimento faz com que vitalizemos a infelicidade, mantendo ela sempre
presente em nossas emoções. Quanto mais raiva, mais difícil esquecer o que
aconteceu.
Ódio, ciúme, medo, ressentimento e remorso são sentimentos que
nos causam distúrbios emocionais muito fortes. Esses sentimentos são
responsáveis por uma grande variedade de doenças tais como gastrite, enxaqueca,
dores na coluna e até câncer. Esses sentimentos mexem diretamente com nosso
sistema nervoso central e também com nosso sistema imunológico.
Para nos libertarmos desses sentimentos, o perdão é um balsamo
maravilhoso. Mas não basta dizer eu perdoo. É preciso que seja real, e para ser
real, temos que perdoar conscientemente do que estamos fazendo.
Para ter consciência do perdão, precisamos primeiro entender como
somos complexos e que não podemos tratar
tudo e todos da mesma forma. Cada caso é um caso. Cada história é uma história.
Procurar entender a complexidade e a origem das coisas é muito importante.
Quanto mais conhecimento há do assunto, mais entendemos a causa do
que aconteceu, mais entendemos o que levou aquele indivíduo a praticar o mal, o
que ele passou na vida, sua triste história e como ele foi se tornar daquele
jeito.
Quanto mais consciência real nós temos, mais poderemos organizar
os nossos sentimentos e, consequentemente, transformá-los: entender porque
aquela pessoa fez aquilo, o que a levou a agir assim pode ajudá-lo a
transformar raiva em compaixão.
Temos visto situações drásticas de famílias que tiveram seus
filhos assassinados e perdoaram o assassino, inclusive indo visitá-los na
cadeia. Outro dia uma amiga me disse: eu que nunca perdoaria alguém que matou
meu filho.
É uma situação muito difícil de enfrentar, mas talvez, o perdão
seja a única coisa possível de ser feita para acalmar a alma, para acalentar o
espírito. Imagine viver cada dia da sua vida com ódio e com sede de vingança.
Nada vai pra frente. Você não consegue fazer absolutamente nada, fica cego
diante de tudo o que está ao seu redor.
Se
você tem mais de um filho e perde um deles, cegar seu coração vai matar não só
o filho que já morreu, mas também o que está vivo.
Transformar ódio em compaixão nos dá a possibilidade de salvar
vidas, nos dá a possibilidade de entregar a outra face, palavra tão sábia de
nosso mestre Jesus.
Entregar a outra face não é pedir ao outro para bater, mas sim,
vibrar ao contrário, mudar a paisagem. É ter o poder de mudar o ponto de vista da
situação e aquilo que nos afetava tanto, passa a não afetar mais.
A lei da causa e efeito nos mostra que todas as nossas ações
voltam em força igual contra nós mesmos. Então, a pessoa que faz o mal para o
outro irá receber seu troco da própria vida, cedo ou tarde, nesta vida ou na
próxima. Assim, como quem faz o bem, também receberá seu troco na mesma moeda.
Se
você se sente ofendido, ao invés de sentir raiva, tente analisar se a pessoa
tem consciência do mal que foi feito. Tente entender, de maneira consciente o
que causou a ofensa e veja se a outra pessoa tem interesse em mudar sua
atitude.
Em outra situação, procure analisar e veja a agressão que
recebeu como uma experiência que precisava para sua própria evolução. Com esse
sentimento, automaticamente a raiva se dissipará e você tirará o poder do outro
de te intoxicar com seus venenos.
Pratique o caminho
inverso:
No meio da discussão, ofereça o silêncio.
No meio das lágrimas, ofereça o primeiro sorriso.
Na escuridão, acenda a luz.
Na falta de ensinamento, ensine o que souber, mesmo que seja pouco.
Frente a arrogância, ofereça a humildade, às vezes o outro precisa ser escutado.
No meio do desconforto, tente trazer o conforto, o abraço.
Se as portas estiverem fechadas, vá por outro caminho, você pode encontrar flores muito mais bonitas.
Se estiver frio, acenda uma fogueira.
Se estiver calor, traga a água refrescante.
Para cada posição negativa, veja o lado positivo. Tudo tem dois lados, tudo é aprendizado.
No meio das lágrimas, ofereça o primeiro sorriso.
Na escuridão, acenda a luz.
Na falta de ensinamento, ensine o que souber, mesmo que seja pouco.
Frente a arrogância, ofereça a humildade, às vezes o outro precisa ser escutado.
No meio do desconforto, tente trazer o conforto, o abraço.
Se as portas estiverem fechadas, vá por outro caminho, você pode encontrar flores muito mais bonitas.
Se estiver frio, acenda uma fogueira.
Se estiver calor, traga a água refrescante.
Para cada posição negativa, veja o lado positivo. Tudo tem dois lados, tudo é aprendizado.
O
perdão é o equilíbrio do pêndulo que existe dentro de nós, é a organização de
nosso eixo central para que possamos caminhar em frente, sem levarmos amarras
que nos arrastam para um lado ou para o outro, ou mesmo que nos puxam para
trás.
Cada
um de nós tem compromissos muito importantes. É nisso que devemos gastar nosso
tempo e energia.
Quando
perceber que está desequilibrado faça uma oração e peça aos amigos espirituais
para lhe ajudarem a reestabelecer o equilíbrio.
Espero
que todos nós encontremos nossos eixos de equilíbrio e possamos tornar o
perdão, algo comum e simples em nossas vidas.
Muito
obrigada pela oportunidade.